Audiências de conciliação marcam início das comemorações dos 50 anos da Justiça do Trabalho de Londrina
Sessenta e uma audiências realizadas, 19 acordos homologados e outros quatro em andamento com possibilidade de conciliação marcaram os dois dias de trabalho da equipe da Vice-Presidência do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná em Londrina. A iniciativa inédita de deslocar a estrutura do Tribunal de Curitiba para o interior do Estado tem por objetivo realizar acordos em processos que estavam no Tribunal para admissibilidade de recurso de revista – quando as partes querem recorrer ao Tribunal Superior do Trabalho em Brasília.
“O resultado é bastante positivo e, da mesma forma como ocorreu em Londrina, vamos realizar as audiências em outras cidades polo do Paraná, como Ponta Grossa, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Guarapuava”, enfatizou o vice-presidente do TRT-PR, desembargador Altino Pedrozo dos Santos.
As audiências de conciliação em recurso de revista realizadas nestas quinta e sexta-feiras, 10 e 11 de maio, marcam o início das comemorações do cinquentenário da Justiça do Trabalho de Londrina. Logo mais, às 18 horas, o TRT realizará cerimônia no novo Fórum Trabalhista para abrir as atividades em comemoração aos 50 anos da Justiça do Trabalho no município. O presidente da Amatra IX, Fabrício Nogueira, participará da cerimônia.
Sucesso
O cortador de cana José Darci de Souza, de Porecatu, estava emocionado ao deixar o Fórum Trabalhista de Londrina. Desempregado, vai usar os R$ 2 mil do acordo que realizou com a Usina Alto Alegre para as necessidades da família. “Com esse acordo não vou precisar esperar mais por tanto tempo pra receber os meus direitos”, comemorou.
“Muitas vezes são processos de valor pequeno que ainda seguiriam por um bom tempo em Brasília. Com a tentativa de acordo nessa fase, as partes já têm uma previa ideia do que podem perder e ganhar, sendo possível a melhor satisfação de seus interesses”, ponderou o juiz auxiliar da Vice-Presidência, Eduardo Milléo Baracat.
“Sempre é tempo de tentar um acordo. É preciso mudar a cultura da judicialização do conflito e primar pela conciliação, pois ela é sempre a melhor saída para ambas as partes. É a forma adequada de se realizar Justiça e contribuir para a paz social”, concluiu o vice-presidente, desembargador Altino Pedrozo dos Santos.
