26 de novembro de 2011

Juízes do Trabalho paralisam suas atividades pela valorização da carreira

Direitos básicos, o cumprimento da Constituição Federal e o fortalecimento e a independência do Judiciário. Essas foram as reivindicações da magistratura do Trabalho, que paralisou suas atividades em todo o Brasil no dia 30 de novembro. Mais de 80% dos magistrados do Trabalho aderiram ao movimento deflagrado pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) em parceria com os juízes federais. Com a paralisação de um dia, cerca de 20 mil audiências trabalhistas em todo o país foram remarcadas

 Nos estados, as Amatras promoveram atos públicos, falaram à imprensa e esclareceram à população a importância de suas reivindicações.No Paraná, 90% dos 197 juízes que atuam na Justiça do Trabalho aderiam à paralisação. Diversos Tribunais Regionais do Trabalho também paralisaram suas atividades, a exemplo da 10ª Região (DF e TO), Goiás (18ª) e Mato Grosso (23ª).

Parlamentares apoiam pleito da magistratura

Parlamentares manifestaram apoio às reivindicações dos juízes trabalhistas e federais que paralisaram suas atividades na quarta-feira (30/11). O deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, afirmou que a paralisação foi feita “para fazer valer os direitos que estão previstos na Constituição Federal, como a irredutibilidade de vencimentos”.

Viera da Cunha alertou para a defasagem no subsídio dos magistrados e afirmou que um juiz mal remunerado não interessa “ao cidadão de bem, porque este, quando bate às portas do Judiciário, quer que a sua causa seja julgada por um juiz independente e bem remunerado”. O parlamentar reconheceu que o Congresso Nacional não está cumprindo o seu o seu papel, mas sim fazendo “política que está rasgando a Constituição”.

O deputado Fábio Trad (PMDB), que presidente a Comissão de Reforma do Código de Processo Civil na Câmara, também lembrou a paralisação em seu discurso. “Ao mesmo tempo em que me solidarizo com a causa do Judiciário Federal, comum e trabalhista, que suspendeu suas atividades para advertir a Nação da degradação salarial a que está submetido, venho ressaltar, na mesma linha, a necessidade de reafirmar a reforma do Código de Processo Civil”, disse.

(Fonte: Anamatra)