18 de setembro de 2008

30% dos motoboys trabalham sem carteira assinada em Curitiba

Com as longas prestações e o baixo custo, o número de motocicletas nas ruas têm aumento. Com isso, o número de profissionais que trabalham fazendo entregas também cresceu. Porém, um levantamento do Sindicato dos Motoboys mostra que 30% dos trabalhadores exercem a profissão sem carteira assinada. Em Curitiba e região, 20 mil pessoas trabalham nesta função para 700 empresas.

O problema de não ter a carteira assinada aparece quando um acidente acontece com o profissional. Sem um registro de trabalho, o motoboy não tem direitos e não recebe assistência alguma para custear tratamentos de saúde, ou gastos com a própria moto. Cerca de 5 mil motociclistas se acidentaram ano passado, aumentando em 15% as estatísticas do Siate.

Em entrevista ao Paraná TV, da RPC TV, Lydson Britto, motoboy, afirma que, mesmo recebendo um pouco menos, com a carteira assinada, ele tem garantias, como 13.° salário e férias.

A Secretaria Estadual do Trabalho busca a legalização dos serviços dos motoboys. O coordenador da secretaria, Núncio Mannala, diz que os motoboys devem ter um trabalho com carteira assinada. Segundo o Departamento de Trânsito (Detran), enquanto o número de carros nas ruas de Curitiba aumentou 6% em relação a 2006, o de motocicletas ficou 15% maior.

(Fonte: Gazeta do Povo; 18/09/08)